Maiores médias - Instinto Maternity - Fotografia de Gestante - 3º Round

Existem retratos que parecem respirar e esta respira amor. Na imagem de Damille Mota, a família se transforma em arquitetura: um corpo acolhe, outro sustenta, duas pequenas âncoras costuram o afeto, e, no centro de tudo, o ventre recebe um beijo que sela a promessa do que está por vir. A escolha pelo preto-e-branco não é estética apenas; é linguagem. Ao retirar a cor, Damille concentra a narrativa em formas, contato e luz, permitindo que o olhar percorra a cena como quem toca um segredo.
Tecnicamente, trata-se de um alto-contraste de fundo (high-key backlight) magistralmente controlado. O fundo branco estourado cria um halo uniforme e separa os contornos, enquanto um recorte de luz lateral/superior desenha as silhuetas com precisão, é o tipo de controle que exige difusão ampla e posicionamento milimétrico para não perder textura nos tecidos. Repare na transição suave entre luz e sombra na face da mãe e das crianças: não há sombras duras; há um degradê que mantém a tridimensionalidade mesmo numa cena de contra-luz.
A composição é uma aula de direção. Damille constrói um triângulo estável: o pai, sentado, cria a base; as crianças se apoiam nele como vértices intermédios; a mãe fecha a forma no topo com a testa encostada à do filho, gesto que conduz naturalmente o olhar ao ponto de clímax: o beijo no ventre. As linhas de braços funcionam como guias visuais que convergem para a barriga, enquanto as mãos (modelo, pai e filha) ancoram a mensagem de proteção. O enquadramento vertical preserva a elegância do gesto e valoriza a negativa ao redor, permitindo respiro emocional e reforçando a iconografia de “templo” familiar.
Do ponto de vista de lente, tudo indica uma distância focal padrão que mantém proporções naturais e aproxima o espectador sem distorcer. A profundidade de campo é suficientemente ampla para reter detalhes de todos os rostos e dedos, crucial quando há múltiplos planos de afeto no mesmo quadro. A exposição é deliberada: médios levemente comprimidos e pretos limpos impedem que o contraluz devore a informação. Na pós, nota-se curva S suave, microcontraste nos contornos para modelar faces e mãos, sem artificiosidade.
Os tecidos táteis contam outra história: o tricô claro da mãe conversa com o algodão escuro das crianças e a camisa do pai, criando camadas tonais que ajudam na separação de planos. Nada sobra, nada falta. Cada dobra, cada dedo, cada olhar tem destino. Essa economia de elementos, somada à precisão do gesto, é o que converte um retrato em símbolo.
Por unir domínio de luz, composição inteligente e direção afetiva, sem abrir mão da delicadeza, esta fotografia alcançou a maior média na categoria Gestante do Concurso de Fotografia Instinto Maternity. Nossa singela homenagem à fotógrafa Damille Mota: obrigada por nos lembrar que família também é forma, uma forma que abraça, sustenta e ilumina. Aqui, a técnica é invisível a serviço do sentimento, e o sentimento, por sua vez, é eterno!

Damille Mota - Nota: 9.25

Um momento congelado que parece um sussurro na calma! Na fotografia de Damille Mota, a gestante repousa como uma maré mansa sob a lua: o corpo em curva guarda o instante e o tempo desacelera. O preto-e-branco retira qualquer distração e entrega a cena ao essencial: forma, luz e respiro. É o tipo de escolha que transforma um momento íntimo em escultura de luz.
Tecnicamente, a imagem é um primor de low-key controlado. O feixe principal, muito provavelmente um softbox grande lateralizado à esquerda e levemente acima, é cuidadosamente estreitado por grades, criando um cone que ilumina apenas o necessário. O decaimento pelo inverso do quadrado desenha um gradiente perfeito do centro ao fundo, sem recortes abruptos; a sombra envolve, não engole. O piso recebe um halo suave, talvez com um kick de luz muito discreto, produzindo a vinheta natural que ancora a leitura.
A composição trabalha com silêncio e espaço negativo. O posicionamento à esquerda, deixando a vastidão sombria à direita, amplifica a sensação de pausa e expectativa. O corpo traça uma linha em “S”, cabeça, peito, ventre e joelhos, que conduz o olhar como partitura. O tecido branco, organizado em dobras orgânicas, serve de contraponto textural: macio, feminino, atemporal. O enquadramento baixo valoriza a horizontalidade e sugere horizonte interno; não é pose, é paisagem.
Há precisão também nas escolhas ópticas. Uma distância focal padrão que preserva proporções naturais; a profundidade de campo contida, mantém nitidez no perfil, ventre e joelhos, sem perder a suavidade do pano. Na pós-produção, percebe-se curva em S delicada, microcontraste para definir contornos cirúrgico em clavículas, linha do nariz e borda do ventre, o suficiente para esculpir, jamais para endurecer!
O gesto de Damille está em colocar a técnica a serviço do afeto: a luz não “mostra”, acolhe; a sombra não “esconde”, protege!
O resultado é uma imagem serena e forte, que dignifica o corpo e a espera. Por unir domínio de iluminação, direção elegante e leitura poética do espaço, esta obra conquistou a maior média na categoria Gestante do Concurso de Fotografia Instinto Maternity. Nossa homenagem à fotógrafa Damille Mota: obrigada por transformar o silêncio da vida que cresce em uma sinfonia de luz, sombra e ternura.

Damille Mota - Nota: 9.25

Se eu precisasse dar um título pra esta imagem, o título seria: “Sorrindo com os olhos”, porque é exatamente isso que ela traduz, um enorme sorriso pelos olhos da filha. Na fotografia de Bárbara Gonçalves, a gestação é contada do ponto de vista de quem vai ganhar um(a) irmãozinho(a): o abraço em forma de triângulo criado pelas pernas dos pais abre uma “janela” onde a menina surge confiante, pés descalços sobre a manta, meia volta de sorriso e o olhar direto que amarra toda a narrativa. Ao lado, o ventre em evidência é o ponto máximo: promessa e presença no mesmo quadro.
Tecnicamente, é um high-key limpíssimo. O fundo branco estourado, produzido por contra-luz potente e uniforme (janela grande ou parede iluminada), entrega arejamento e pureza sem perder textura nos jeans, na renda do top e na pele. A luz principal suave, levemente deslocada à frente e acima, modela a barriga com transições cremosas de luz e sombra, e mantém o rosto da criança perfeitamente exposto.
A composição é precisa: os adultos entram apenas por fragmentos, pernas, cintura, mãos, para que a protagonista visual seja a filha e, por consequência, o ventre; nada distrai do essencial. O enquadramento baixo, aproximado da altura da criança, cria cumplicidade e respeita sua perspectiva. O triângulo formado pelos jeans guia o olhar para o centro; as linhas do cós e da camisa da mãe conduzem naturalmente ao volume do abdômen. A paleta minimalista (brancos, azuis claros, toques rosados no vestido) reforça a leveza e conversa com a manta creme, que adiciona textura tátil ao primeiro plano.
Do ponto de vista óptico, tudo indica uma distância focal padrã, que preserva proporções sem distorções, e abertura moderada para manter o rosto da criança e a barriga nítidos, com um desfoque sutil no fundo. A exposição é controlada com margem nos highlights, pretos limpos, brancos brilhantes e na pós, percebe-se curva S delicada, controle de white balance levemente frio para valorizar os azuis.
O mérito artístico de Bárbara está em transformar um gesto cotidiano em símbolo: proteção, espaço e acolhimento ao redor de quem chega, com a irmã como ponte entre o agora e o que vem. Por unir direção sensível, luz impecável e desenho de cena inteligente, esta fotografia alcançou a maior média na categoria Gestante do Concurso de Fotografia Instinto Maternity. Nossa homenagem à fotógrafa Bárbara Gonçalves: obrigada por nos lembrar que família também é composição e que, quando o amor está no centro, todo o resto vira moldura!

Barbara Gonçalves - Nota: 9.25

Já ouviu falar em iamgemque têm cheiro? Esta cheira a suavidade e promessa! Na fotografia de Bárbara Gonçalves, a gestação é celebrada como um jardim íntimo: o ventre em primeiro plano, protegido pelas mãos, recebe um buquê de mosquitinho que parece brotar da própria barriga. Renda, linho e jeans compõem uma paleta lírica de brancos e azuis claros; tudo respira leveza, tudo fala de delicadeza e força.
Tecnicamente, é um high-key moderno e impecável. O fundo branco estourado é controlado com precisão para não invadir as bordas do corpo; a luz principal, ampla e difusa (janela grande ou softbox generoso), cria transições cremosas nos volumes do abdômen e dos braços, acalma as sombras sob a renda e entre as hastes das flores, mantendo textura sem perder o frescor do branco. A opção por white balance levemente frio valoriza o jeans e potencializa o diálogo com a renda e o linho, enquanto a pele permanece quente e saudável.
A composição é gráfica e feminina. O corte que elimina o rosto concentra a narrativa no corpo-casa; as mãos, posicionadas em “cintura de acolhimento”, molduram o ventre como moldura viva. As hastes do mosquitinho geram linhas diagonais que conduzem o olhar de baixo para cima, “regando” o ponto chave. O desenho triangular do bustiê de renda ecoa a forma do bouquet, e a camisa aberta cria planos de branco que expandem a sensação de respiro. É minimalismo com intenção: nada sobra, nada falta.
Nas escolhas ópticas, tudo indica uma distância focal padrão para preservar proporções e um diafragma moderado, que garante nitidez no ventre e nas flores mais próximas, permitindo ao fundo dissolver-se num desfoque doce. A exposição é generosa nos brancos, na pós, percebe-se uma curva S delicada, microcontraste nos contornos e um toque leve nas dobras do linho e na borda do ventre. O resultado são pretos limpos, brancos luminosos e meios-tons aveludados.
O acerto artístico de Bárbara está em unir símbolo e tato: o mosquitinho, flor de pureza e novos começos, pousa sobre um ventre que já floresce por si. O jeans traz contemporaneidade, a renda traz poesia; as mãos, como raízes, firmam a vida que cresce. Por essa combinação de direção sensível, domínio de luz e linguagem estética consistente, a imagem alcançou a maior média na categoria Gestante do Concurso de Fotografia Instinto Maternity. Nossa homenagem à fotógrafa Bárbara Gonçalves: obrigada por transformar a espera em flor, e por lembrar que, quando a técnica cuida, o amor floresce! 

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Dany Braga

Mentora Instinto Criativo